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“Temos oportunidade para definir uma política industrial de saúde”

A indústria farmacêutica portuguesa tem-se afirmado pelo crescimento e pela dinâmica, virada para os mercados internacionais. O presidente da Apifarma, a associação que representa o setor, considera que o país pode contribuir para a autonomia estratégica da Europa, mas só se a indústria for valorizada e vencidos os obstáculos que a reprimem. O cumprimento do acordo assinado pelo Estado é vital.

O setor farmacêutico tem crescido acima da economia e tem ganho peso nas exportações. Quais são os motores dessa evolução?
A indústria farmacêutica tem vindo a realizar um processo de modernização e investimento, resultando na construção de novas unidades produtivas e ampliação e modernização das plataformas industriais existentes. Temos, assim, uma indústria altamente qualificada, sustentada por uma cadeia de valor robusta e com um notável potencial de crescimento, inovação e internacionalização. Os dados mais recentes confirmam esta trajetória: no primeiro quadrimestre de 2025, as exportações de produtos farmacêuticos e matérias-primas atingiram os 2.292 milhões de euros, traduzindo um crescimento expressivo face ao período homólogo.
Este desempenho reforça a evolução contínua e sustentada do sector, que se tem afirmado como um dos principais motores das exportações nacionais. De facto, o crescimento das exportações farmacêuticas superou o das exportações totais de bens, consolidando a sua relevância estratégica. Atualmente, o setor representa já 8,3% do total das exportações de bens em Portugal, o que evidencia o seu contributo significativo para o desenvolvimento económico do país e para o reforço da sua competitividade internacional.

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