A companhia portuguesa de drones Tekever angariou 70 milhões de euros em financiamento, anunciou a empresa liderada por Ricardo Mendes esta quarta-feira, 20 de novembro.
A ronda de investimento foi liderada pela gestora de investimentos escocesa Baillie Giford e também contou com o apoio do fundo de inovação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla original).
"Os novos investidores estratégicos vai apoiar o plano de crescimento sustentável e facilitar a expansão geográfica em mercados prioritários. O investimento vai financiar a inovação de produto e o aumento da escala da capacidade de produção", segundo o comunicado.
A Baillie Gifford é conhecida por ter investido numa fase inicial no Airbnb, Spotify ou SpaceX. Já o fundo de inovação da NATO, apoiado pelos 24 aliados, já investiu mais de mil milhões de euros em tecnologia de defesa, segurança e resiliênncia.
Outro dos participantes na ronda de investimento é a fundo público britânico National Security Strategic Investment Fund (NSSIF), a Crescent Cove Advisors LP, companhia de investimento sediada em Silicon Valley, dedicada ao sector da defesa, e os atuais investidores na companhia Iberis Semper e Cedrus Capital.
A Tekever usa inteligência artificial (IA) para "monitorizar áreas ultra-alargadas e partilhar dados em tempo real que permitem aos clientes tomar decisões de uma forma atempada e eficiente para evitar ameaças à vida humana, o ambiente e a economia", destacando que a sua "tecnologia é de uso dual, usado por organizações civis e militares, assim como empresas privadas" desde a "deteção de ameaças ambientais de derrames de petróleo, fogos selvagens, inundações repentinas ou na recolha de inteligência e operações de busca e resgate para efeitos de defesa e segurança".
O dinheiro fresco vai servir para "acelerar investimento em investigação e desenvolvimento para apoiar a inovação de de produtos, para melhortar os atuais drones e desenvolver novas linhas de produtos para assegurar que a tecnologia fica à frente da curva. A Tekever vai expandir a sua produção global" para "ir de encontro à procura crescente pelos seus produtos e serviços".