As bolsas europeias viveram na terça-feira uma sessão marcada pelo pessimismo, na medida em que os principais índices registaram perdas. Os setores tecnológico e energéticos registaram as contrações mais expressivas.
Por cá, o índice PSI acompanhou a tendência geral, ao contrair 0,29%, para 6.697, em linha com as perdas que se fizeram sentir na maioria das principais praças europeias, numa tendência que foi ainda mais notória no índice agregado Euro Stoxx 50.
A bolsa de Lisboa foi penalizada sobretudo pela descapitalização da Galp, que atingiu os 2,47%, até aos 16,78 euros por ação, em linha com as perdas observadas na generalidade das petrolíferas, nomeadamente a nível europeu. Em causa estão as quedas nos futuros de Brent e de crude que, aquando do encerramento dos mercados europeus, se aproximavam dos 5% em ambos os casos.
Também em terreno negativo, sobressai a queda da Mota-Engil, que atingiu os 2,29%, até aos 2,474 euros por título, assim como a do BCP, que recuou 1,39%, até aos 0,4257 euros. Por outro lado, a NOS avançou 1,81% nas negociações e alcançou os 3,66 euros, ao passo que a EDP ganhou 1,41% e terminou o dia nos 3,88 euros.
Entre os principais índices europeus, o índice agregado Euro Stoxx 50 caiu 1,85% e liderou as perdas. Por um lado, foi castigado pelas desvalorizações observadas no sector energético, nomeadamente com a queda de 2,72% na cotação de mercado da italiana Eni SpA. A TotalEnergies, sediada em Paris, seguiu pelo mesmo caminho, ao recuar 4,80%.
Por outro lado, o setor das tecnologias sofreu também cortes expressivos, liderados pela gigante neerlandesa ASML, que tombou 15%, após apresentar resultados que desiludiram os investidores.
Entre as mais importantes praças europeias, houve ainda descidas de 1,05% em França, 0,57% no Reino Unido e 0,33% em Itália. A Alemanha não foi além dos ganhos de 0,01%, ao passo que Espanha contrariou o sentimento geral e subiu 0,67%.
Esta quarta-feira não há dados macroeconómicos de grande peso, sendo que os maiores destaques recaem sobre os dados da inflação no Reino Unido e em Itália. Os mercados aguardam a inflação da zona euro em agosto, que vai ser conhecida na quinta-feira, seguida pelo anúncio da política monetária do BCE para o futuro mais próximo, após a reunião que tem início esta quarta-feira.