Dizem os sábios que o coletivo americano se formou no espírito de fronteira, uma mistura de empreendedorismo mais ou menos suicidário, vontade de enriquecimento rápido e coragem um pouco desmiolada, que resultou na criação de um país imenso, com fronteiras porosas determinadas pelo livre arbítrio da vontade individual, e no extermínio das populações autóctones. Foi desse espírito que nasceu a vontade de independência e a primeira revolução do Ocidente – que impediu os ingleses de continuarem a aventura nas Américas e ofereceu aos franceses um exercício preliminar para a sua própria revolução, uns poucos anos mais tarde. Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier, mais conhecido por Marquês de La Fayette, foi o “herói das duas guerras” que se dedicou a aprender de um lado para ensinar do outro.