“É o golpe do século no futebol mundial”. A frase de um dos mais conceituados treinadores de futebol de todos os tempos, Fabio Capello, constata que a contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus está longe de enquadrar-se apenas no domínio desportivo e que “o investimento terá retornos económicos para a Juventus” já que o português “é uma máquina de fazer dinheiro, para ele e para o clube”. Com 112 milhões de euros, a heptacampeã italiana (mais conhecida como a ‘velha senhora’) pode ter garantido um autêntico ‘jackpot’, não só para si própria mas também para todo o futebol italiano, ávido de reassumir o papel de destaque perdido algures dos anos 90. Pode um jogador mexer com toda a economia de um país? Para Bruno Janeiro, analista da Activotrade, em entrevista ao Jornal Económico, esta contratação e este investimento por parte da Juventus “insere-se sobretudo numa lógica financeira”: “Estamos a falar só da visibilidade que o Cristiano vai dar à Juventus e à Serie A (principal liga italiana), ou melhor, estamos a falar de tudo o que vem por acréscimo como as digressões que, se calhar, vão passar a ser feitas a outros continentes, como o asiático, de resto como é prática em clubes como o Real Madrid e o Manchester United, devido ao facto de terem jogadores reconhecidos a nível mundial”.