Segundo a Roland Berger – que fez um estudo sobre a banca portuguesa – a forte adesão às moratórias de crédito poderão implicar uma reversão em 2021. A consultora aponta como factor de risco da banca portuguesa o elevado peso das moratórias no total de crédito do sistema, que é de 22% (o terceiro maior europeu), com uma expectativa de conversão de 14 a 21 mil milhões de euros de crédito em incumprimento. Isto é, estima que entre 30% a 45% do stock de crédito em moratória se transforme em malparado “no término do período”, resultando num aumento do rácio de NPL (non-performing loans) entre 5-7 pontos percentuais para os 10% a 12%. Muito longe da meta europeia de um rácio de 5% que os bancos almejavam antes da pandemia por Covid-19.