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Rendas das casas em Lisboa descem 0,5% e desaceleram para 3,2% no Porto no terceiro trimestre

Na capital portuguesa o último ano tinha sido marcado por aumentos de rendas em cadeia superiores a 5% e atingido um pico de 9,7%. Já no segundo trimestre de 2023 tinha sido registado uma subida homóloga de 29,6%.

Depois de um ano com sucessivos aumentos as rendas das casas em Lisboa registaram uma descida de 0,5% no terceiro trimestre de 2023, segundo o Índice de Rendas Residenciais da Confidencial Imobiliário relativas a este período divulgado esta quarta-feira, 8 de novembro.

Na capital portuguesa, o último ano tinha sido marcado por aumentos de rendas em cadeia superiores a 5% e atingido um pico de 9,7%. Já no segundo trimestre de 2023 tinha sido registado uma subida homóloga de 29,6%. De resto, e no trimestre em análise observou-se um comportamento nas variações em cadeia agora registada, onde a taxa de variação homóloga depreciou 12 pontos percentuais, atingindo os 17,6%.

O valor médio da renda atingiu em Lisboa um recorde de 19,4 euros/m2 nas habitações usadas, o que se traduziu para os 1.495 euros para um apartamento de tipologia T2 e de 1.164 euros para um T1.

Já na cidade do Porto, as rendas das casas continuam com sinal positivo, embora tenham verificado uma desaceleração trimestral para 3,2% no terceiro trimestre, face aos 4,8% do trimestre anterior.

Um sinal que já vinha a ser confirmado no Porto no arranque deste ano, com uma variação trimestral de 2,3% no primeiro trimestre, em comparação com os valores 8% a 10% observados nos dois trimestres anteriores. A nível homólogo, as rendas no Porto chegaram a acumular uma subida recorde de 28,5% no segundo trimestre de 2023, sendo que no trimestre em análise desacelerou 8,5 pontos percentuais para 20,0%.

O preço médio da renda também alcançou um recorde para os 14,4 euros/m2 nos edifícios usados no terceiro trimestre, com valores médios de arrendamento de 1.136 euros para um T2 e 849 euros para um T1.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, refere que "este contexto de restrições e incerteza, associado a uma conjuntura de pressão inflacionista, levou os senhorios a defenderem-se de perdas futuras por via dos aumentos nos novos contratos, cumulando num incremento de quase 30% nas rendas entre o 2º trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023".

O responsável salienta também que "estes dados ainda não refletem o impacto do recente anúncio de que 2024 terá uma atualização das rendas à taxa de inflação, mas desta medida, deverá, possivelmente, esperar-se um efeito positivo, nomeadamente que as rendas não continuem a subir".