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Regime de Vladimir Putin vacila com os resultados eleitorais mas continua longe de cair

Dificuldade do governo será fazer chegar dinheiro aos bolsos dos russos: alicerces da economia parecem robustos, mas a população abaixo do limite da pobreza já ultrapassou os 12%.

Parece cada vez mais claro que, na Rússia, uma coisa é o governo outra é o presidente. De facto, o partido de Vladimir Putin, o Rússia Unida, nunca conseguiu atingir votações com a dimensão que Putin consegue quando a pergunta é: quem querem os russos para presidente? Nas eleições do passado fim-de-semana sucedeu mais uma vez esta distinção: o Rússia Unida venceu com mais de 45%, mas não atingiu os resultados das eleições anteriores, de 2016, quando obteve 54% dos votos. Uma descida que alguns analistas tendem a considerar uma derrota de Vladimir Putin.
Há, contudo, que recordar que Putin foi reeleito em março de 2018 com 79% dos votos. Mais ainda, o referendo constitucional da Federação Russa, uma votação popular ocorrida de 25 de junho a 1 de julho de 2020 e que perguntava aos russos se estavam de acordo com as alterações constitucionais proposta por Putin, foi favoravelmente votado por mais de 78,5% da população – para uma abstenção que rondou os 30%. O que de mais importante estava em causa era a extensão da possibilidade de Vladimir Putin se eternizar no poder até 2036. Para já!

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