O país tem pela frente a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência
(PRR). A OdE também pode ter um papel de acompanhamento desse tipo de projetos?
AM: Eu não acho que pode, eu acho que deve. É isso que nós queremos fazer. É um eixo fundamental da nossa intervenção, aliás, uma das nossas propostas é a criação de um observatório da recuperação económica e do desenvolvimento. Nós até vamos reivindicar, nas estruturas que o Governo já criou para acompanhar todo o desenvolvimento do PRR, que haja uma participação como existe a outros níveis da OdE. Mas isso é independente do observatório que nós queremos criar da OdE, que queremos mobilizar economistas conhecidos e, cá está, de diferentes conceções e referências teóricas, não vamos privilegiar este ou aquele, vamos até procurar que estejam e integrem esse observatório pessoas que sejam independentes e que sejam isentos, que sejam capazes não só de acompanhar, mas também monitorizar. A OdE tem um papel insubstituível, aliás como outras ordens têm. Isto não é uma questão corporativista nem nada disso, é uma questão de responsabilidade, de dádiva dos economistas relativamente ao país. É nesta postura que nós nos queremos considerar e este é um grande projeto e uma grande aposta.