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PSI em baixa pressionado pelos títulos da Mota-Engil e do BCP

A construtora portuguesa, que chegou a derrapar 9% durante a sessão, fechou o dia a perder 3,91% para 3,930 euros. Um dia antes, tinha anunciado a venda do negócio de construção e imobiliário que detém na Polónia por 90 milhões de euros. Do lado da banca, a instituição liderada por Miguel Maya encerrou com uma queda de 2,80% para 0,2673 euros.

A Mota-Engil e o BCP protagonizaram a negociação de quarta-feira pelos piores motivos, pressionando a bolsa de Lisboa, que terminou o dia com uma desvalorização de 0,32% (6.344,54 pontos).

A construtora portuguesa, que chegou a derrapar 9% durante a sessão, fechou o dia a perder 3,91% para 3,930 euros. Um dia antes, tinha anunciado a venda do negócio de construção e imobiliário que detém na Polónia por 90 milhões de euros. Do lado da banca, a instituição liderada por Miguel Maya encerrou com uma queda de 2,80% para 0,2673 euros.

Passando ao sector da energia, as cotadas nacionais apresentaram uma tendência díspar no fecho da sessão, com a Galp (0,30%; 13,52 euros), a EDP Renováveis (0,39%; 17,87 euros) e a REN (0,63%; 2,385 euros) a negociarem no ‘verde’. Por outro lado, a EDP não conseguiu reverter as perdas e terminou o dia com uma quebra de 1,10% para 4,497 euros, seguida da Greenvolt, com uma desvalorização de 0,93%.

Em Portugal, destaque ainda para a descida homóloga dos preços na produção industrial de 6,2% em novembro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nas restantes praças europeias, o desempenho foi modesto, com exceção do britânico FTSE, que fechou o dia com uma subida acima de 1% depois de os números da inflação terem mostrado uma desaceleração acima do estimado pelos analistas. Em novembro, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) no Reino Unido caiu 3,9%, mínimos dos últimos dois anos.

Passando aos outros mercados, o francês CAC terminou o dia a subir 0,12% para 7.583,43 pontos, enquanto o alemão DAX e o espanhol IBEX caíram 0,07% para 16.733,05 pontos e 0,06% para 10.101,00 pontos.

De Espanha, ficou a saber-se que o Governo espanhol vai avançar para a compra de 10% da Telefónica de forma a dar “maior estabilidade acionista” à operadora de telecomunicações, avançou a imprensa do país.

“As bolsas europeias encerraram divididas entre os ganhos mais expressivos do Footsie, motivado pela revelação de que a inflação no Reino Unido recuou mais que o previsto em novembro, e a descida relativamente ligeira do PSI, onde os três títulos que mais valorizam desde o início do ano – Mota-Engil, BCP e Ibersol – acabaram por demonstrar apetite pela realização de mais-valias por parte dos investidores, o que pode ter justificado a correção”.

Do outro lado do Atlântico, acrescenta o especialista, “o sector tecnológico do velho continente alheou-se do otimismo que o Nasdaq 100 regista em Wall Street e que o leva a novo máximo histórico. A descida das yields de dívida soberana acabou por colocar o sector imobiliário na liderança”.

Sem deixar passar em branco o sector do petróleo, destaque para a produção recorde de petróleo no Brasil, Guiana e EUA, que está a inundar o mercado pressionando os preços do barril, a par de mais crude iraniano a chegar aos mercados e de arrefecimento da procura, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

Sobre a Farfetch, importa notar que a bolsa de Nova Iorque vai começar o processo de retirada de negociação dos títulos deste unicórnio recém-resgatado, pouco mais de seis anos depois de, em setembro de 2018, se ter estreado em Wall Street. “A 19 de dezembro de 2023, a NYSE emitiu um comunicado à imprensa onde anunciou que, como resultado dos acontecimentos divulgados pela Farfetch a 18 de dezembro de 2023, vai começar os procedimentos para retirar as ações de classe A da empresa”, anunciou a empresa em comunicado.