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Prioridade apontada à segurança e investimento na saúde

Despesa : Segurança interna e externa, defesa da saúde e uma preocupação notória com a independência alimentar. Em apenas quatro capítulos do Orçamento do Estado para 2025, o Governo parece querer imprimir um registo securitário que não emanava da lei que balizou as opções estratégicas do anterior executivo socialista.

Com a mudança de governo em abril deste ano, a comparação entre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o primeiro do social-democrata Luís Montenegro, e o de 2024 (o último do socialista António Costa) não pode ser mantida no âmbito estrito da análise matemática. Há alterações no perímetro daquilo que são as responsabilidades ministério a ministério, pelo que uma comparação direta deixa de fazer sentido e pode mesmo distorcer a essência dos factos. Há, por outro lado, matérias que seguem percursos diferentes do âmbito do Orçamento, o que também pode distorcer a visão de conjunto em que radica uma qualquer proposta que o ministro das Finanças leva agora ao Parlamento.
Convém, de qualquer forma, tomar-se como certo o princípio de que um orçamento não é propriamente o lugar para um governo, por muito recente que seja, produzir um qualquer tipo de revolução – com a honrosa exceção de Michel Barnier em França – e que há, por isso, uma continuidade face aos orçamentos que lhe são imediatamente anteriores. Esta continuidade é, aliás, apresentada por parceiros sociais, associações empresariais e sindicatos como uma necessidade: quanto mais alinhados estão os orçamentos, maior é o grau de previsibilidade que cada proposta encerra.
No caso do OE2025, os analistas concordam em que o conjunto das prioridades que a proposta induz passa pela segurança interna e externa (defesa), pela saúde e pela agricultura e pescas.

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