Mais de quatro em cada dez euros gastos pelos empregadores com os salários não chegam ao bolso dos trabalhadores portugueses, sendo absorvidos pelo Estado. Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal está mesmo entre aqueles onde o chamado hiato fiscal no trabalho é mais acentuado, isto é, onde o peso do IRS e dos descontos feitos pelo trabalhador e pelo empregador para a Segurança Social é maior no total de custos laborais.