Aos nove anos de idade, Pedro Lino já vestia a pele de um gestor de ativos. Num caderno, apontava a evolução das ações das empresas em que a mãe e a tia tinham investido. “Fazia os cálculos e transmitia se estavam a ganhar ou a perder”, contou o analista da Dif Broker. “Esse exercício levou à paixão pelos mercados financeiros e por perceber os movimentos que lhes estavam subjacentes”. Seis anos mais tarde, nos intervalos da escola, lia a evolução das cotações no extinto “Diário Económico” e, “ingenuamente”, começou a calcular o valor que teria acumulado ao fim de dez anos de investimento, com um retorno diário de 1%. “Segundo a minha folha de cálculo em lotus123, não precisaria de trabalhar para terceiros e isso condicionou a forma como via o emprego”, afirmou.