Afinal, o Governo tinha mesmo um truque na manga para atingir a meta do défice – abaixo de 2,5% do PIB – para este ano. O perdão fiscal anunciado ontem vai permitir um encaixe com receitas extraordinárias que ajudará a atingir o compromisso com Bruxelas. E, apesar de os pagamentos poderem ser feitos a prestações, os contribuintes serão chamados a pagar um limite mínimo de 8% já este ano, garantindo assim um impacto positivo na execução orçamental na ótica de caixa – cuja evolução é um dos argumentos usados por Lisboa para tentar evitar o corte dos fundos estruturais.