A pergunta – retirada do título de uma obra de António Lobo Antunes – pode colocar-se depois de o último reduto de alguma estabilidade na liderança do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, a coligação do governo, também ter dado mostras, esta semana, de estar a desvanecer-se. PSOE e os parceiros do Sumar encontraram-se para abordarem o caso da prisão de Santos Cerdán, ex-número três do PSOE, por corrupção e sem direito a caução. O encontro correu mal: a líder do Sumar, ministra do Trabalho e vice-ministra Yolanda Díaz, disse no final da reunião que Pedro Sánchez não está a ver a dimensão do problema. O ministro da Cultura e porta-voz da Sumar, Ernest Urtasun, também presente no encontro, lamentou que a reunião com o PSOE não tenha servido de nada: ‘temos a sensação de que o PSOE ainda não está consciente da gravidade da situação nem da urgência de tomar medidas’, disse.
Pedro Sánchez: ‘Que farei quando tudo arde?’
A todas as crises que se vão acumulando, o chefe do governo espanhol acrescenta mais uma:os parceiros de coligação, o Sumar, começam a estar desconfortáveis com a gestão de Sánchez.
