A expressão “box office poison”, literalmente “veneno de bilheteira”, nasceu em 1938, aplicada a Greta Garbo, Joan Crawford, Katharine Hepburn, Marlene Dietrich e outras estrelas a quem os proprietários das salas de cinema norte-americanas não reconheciam a capacidade de assegurar lotações esgotadas. Só faltou imaginação a Harry Brandt, autor do que ainda hoje é um dos rótulos mais tóxicos de Hollywood, para antecipar que oito décadas mais tarde seria possível aplicá-lo aos vencedores do galardão mais ambicionado da indústria cinematográfica, o Óscar de Melhor Filme, que na noite deste domingo (madrugada de segunda-feira em Portugal) encerrará a 91.ª cerimónia de entrega de prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.