Skip to main content

Os novos bárbaros: a Europa e o fio da navalha

Era uma vez um continente que tentou salvar-se da sua própria memória. Um continente que, de tanto sangrar, julgou ter aprendido a lição da catástrofe.

Como Ulisses atado ao mastro, a Europa amarrou-se à razão e ao direito para não voltar a ceder ao canto das sereias autoritárias. E, no entanto, aqui estamos. Setenta anos depois do Tratado de Roma, entre regulamentos e fundos estruturais, o velho continente acorda para um cenário inquietante: o retorno do irracional – não como explosão, mas como erosão. Não se trata de um regresso dos bárbaros às portas de Roma. O que inquieta é que os novos bárbaros entraram pelas urnas, sob aplauso.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico