O administrador da Start Campus Rui Oliveira Neves, que é arguido na Operação Influencer, fez mudanças na equipa de defesa. Há menos de uma semana que é o advogado Miguel Santos Almeida, da Sérvulo & Associados, a tomar conta do caso, tendo substituído o antigo colega Tiago Félix da Costa, sabe o Jornal Económico (JE).
O advogado Rui Oliveira Neves estava a ser defendido pelo também advogado Tiago Félix da Costa, sócio cocoordenador do departamento de criminal, contraordenacional e compliance da Morais Leitão, pelo sentido de urgência do processo, mas o arguido e a antiga sociedade quererão ter cortado quaisquer relações no que a esta operação diz respeito. Em causa não estão conflitos de interesses.
Rui Oliveira Neves, a par com Nuno Mascarenhas e Afonso Salema, conheceu das medidas de coação menos gravosas, o Termo de Identidade e Residência (TIR). A 13 de novembro, quando foram dadas a conhecer pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, o advogado Tiago Félix da Costa garantiu, de acordo com a “TSF”:
“Rui Oliveira Neves é inocente. Todos os que o conhecem pessoalmente e profissionalmente sabiam disso. A Justiça começou a dar o primeiro passo para o confirmar (…). Acho que este processo é um bom prenúncio para se fazer uma reflexão profunda sobre a justiça", afirmou o advogado, pouco depois de vir a público que juiz deixou cair os crime de corrupção dos arguidos.
Três dias após as buscas do Ministério Público, a Morais Leitão anunciou que os então sócios Rui de Oliveira Neves e João Tiago Silveira, cujos nomes constavam neste caso que acabou por levar à demissão do primeiro-ministro, haviam pedido renúncia aos cargos, que foi aceite. A suspensão da dupla de sócios teve efeitos imediatos.
O advogado Miguel Santos Almeida é sócio dos departamentos de Contencioso e Arbitragem e Direito do Desporto da Sérvulo, escritório do qual faz parte de 2013, desde que saiu da Carlos Pinto de Abreu & Associados. Segundo a informação que consta na biografia, é associado do Fórum Penal – Associação de Advogados Penalistas e da Associação Portuguesa de Direito Desportivo, bem como membro da Comissão Disciplinar da Federação Internacional de Judo (FIJ) e árbitro do Tribunal Arbitral do Desporto de Portugal (TAD).
“Exerce a sua atividade com especial incidência no domínio do contencioso penal e civil, acompanhando processos de natureza criminal e contraordenacional, bem como litígios de natureza civil e comercial, tanto em tribunais judiciais como arbitrais. Centra paralelamente a sua atividade no acompanhamento de litígios desportivos e na assessoria a clubes, federações e agentes desportivos em matérias diversas relacionadas com direito do desporto”, detalha a sociedade.