Ao cabo de sete meses de guerra, observou-se na Rússia uma reação interna violenta às palavras do presidente Vladimir Putin sobre a convocação de novos militares e a possibilidade do recurso a armamento nuclear. Para muitos observadores, esta reação era esperada desde a primeira hora e vista, quando acontecesse, como uma porta que se abriria na muralha do apoio à chamada intervenção militar na Ucrânia. Depois de atos isolados que não tiveram repercussões sociais evidentes e manifestações nas redes sociais que carecem de consistência enquanto possível fenómeno de massas, o que sucedeu esta quarta-feira não deixa margem para dúvidas: há um movimento interno de repúdio à invasão da Ucrânia.