Durante cerca de seis anos, passava-se na A2 e via-se à beira da via um conjunto de pilares inacabados, em betão e vigas de ferro à vista, como amiúde acontece com edifícios embargados. Percebia-se que algo havia corrido mal ali e aquele era apenas o exemplo mais visível do que a crise financeira provocou no país: a concessionária Estradas da Planície ou SPER, constituída pela espanhola Dragados, da ACS de Florentino Pérez, associada à Edifer (já na altura em grandes dificuldades), assim como à Tecnovia e à Conduril, alegou insuficiência financeira para continuar as obras no terreno e houve estradas rasgadas e esburacadas no Alentejo que não se sabe se alguma vez irão ser construídas ou reparadas. A SPER – Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária perdeu a capacidade de financiamento junto do seu sindicato bancário, situação que implicou diversas suspensões de trabalhos que acabaram por se estender a toda a subconcessão.