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O que dizem os partidos sobre as medidas de redução de impostos do PSD?

O PS diz que a proposta do PSD tem sete pecados capitais, o Chega dá luz verde à proposta e a IL considera as medidas "frouxas". Do lado da esquerda, o PCP afirma que as medidas ficam "aquém do necessário".

Na quarta-feira o Parlamento debate o tema Redução de Impostos apresentado pelo PSD com medidas que vão da Transparência e aplicação democrática dos excessos de receita fiscal face ao Orçamento do Estado e atualização automática dos escalões do IRS  à Redução do IRS já em 2023 em 1.200 milhões de euros.

PS diz que proposta do PSD para redução dos impostos tem “sete pecados capitais”

O secretário-geral adjunto do Partido Socialista, João Torres, considerou que a proposta dos social democratas contém “sete pecados capitais”.

“Para o PS, este conjunto de propostas resume-se a um logro para as portuguesas e os portugueses”, afirmou João Torres, em conferência de imprensa, na sede nacional do PS, em Lisboa.

Para o PS  “o PSD chegou tarde a este debate sobre a descida do IRS no país” e João Torres disse ainda que “o PS não aceita lições sobre fiscalidade e descida do IRS por parte do PSD”.

Chega dá aceita as propostas do PSD para reduzir impostos

O Chega vai votar a favor das propostas do PSD para reduzir os impostos, anunciou o líder do partido. André Ventura admitiu que o seu partido "não se vai obstaculizar", mas nota que "não tocam nos pontos essenciais".

"O PSD não se vai poder esconder mais, arrastámos para o debate de quarta-feira a nossa proposta de tributação extraordinária, para que seja utilizada para pagar uma parte do crédito à habitação que as famílias estão a enfrentar", aponta Ventura.

IL considera “frouxa” a proposta de desagravamento fiscal do PSD

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha considerou “proposta frouxa” a reforma fiscal apresentada pelo PSD, defendendo que tanto as intenções dos sociais-democratas como dos socialistas ficam “muito aquém” do que seria necessário.

“A ideia com que fico é que estamos a falar de uma liga dos últimos do desagravamento fiscal porque aquilo que se conhece das intenções, quer do PS, quer do PSD, são intenções que ficam muito aquém daquilo que seria necessário para revitalizar a economia do país”, disse Rui Rocha.

O líder do partido disse ainda que “o PS quando diz que o PSD deu uma cambalhota é uma desculpa de mau pagador do PS. Sabemos que foi o PS que colocou o país em níveis de carga fiscal recorde. O PS tem má consciência relativamente à questão dos impostos e tem cobrado excessivamente”.

BE diz que proposta do PSD não passa de uma "conversa genérica"

O Bloco de Esquerda diz que o corte de impostos proposto pelo PSD não passam de uma "conversa genérica". Bloquistas lembram que os social-democratas têm cadastro e não história nesta matéria.

PCP diz que propostas do PSD "ficam aquém do que seria necessário

O deputado do PCP Duarte Alves revela, ao Jornal Económico, que as medidas do PSD ficam aquém do necessário e recorda que o PCP apresentou medidas para redução do IRS e alivio do IVA.

"As propostas ficam muito aquém do que seria necessário neste momento. O que o país precisa e a maior parte da população precisa é de uma maior justiça fiscal. É de uma politica de redução dos impostos, alivio fiscal sobre quem vive do seu trabalho , mas também ao nível do IVA, é preciso não esquecer que o IVA é um imposto que todos pagamos independentemente do rendimento. Nas propostas do PSD não se encontram medidas sobre o IVA", diz Duarte Alves ao JE.

Por sua vez, Duarte Alves aponta que "o PCP colocou em cima da mesa não só a redução do IRS, o alivio do IVA também nestes bens essenciais, mas por outro lado é preciso não esquecer que nenhum debate sobre politica fiscal pode ignorar que existe um conjunto de benesses de privilégios fiscais que só estão acessíveis por uma maioria privilegiada de grandes empresas".