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O fenómeno das lideranças tóxicas de personalidades disfuncionais

Egocentrismo, narcisismo, manipulação, falsa empatia, populismo. Estilos de liderança como os de Bruno de Carvalho (presidente do Sporting Clube de Portugal), Donald Trump (presidente dos EUA) ou José Sócrates (antigo primeiro-ministro) suscitam dúvidas de foro psicológico. Como é que as democracias podem ser protegidas relativamente a este fenómeno interligado com o populismo?

Recentemente alertou para “problemas psiquiátricos” dos “homens do Sporting”. Que problemas específicos é que identifica no comportamento público de Bruno de Carvalho? “Identifico traços disfuncionais de personalidade. É este o termo correto para aquilo que identifico nos comportamentos de Bruno de Carvalho, os quais têm sido mais aparentes ultimamente, até porque ele se tem exposto mais. Estes traços configuram aquilo que para o leigo, em linguagem mais corrente, se denomina como ‘psicopatia’. Não é propriamente um diagnóstico psiquiátrico. É um distúrbio da personalidade que cruza muitas vezes com traços de diferentes tipos de personalidade em que o narcisismo é aquele que salta como mais evidente. E, habitualmente, trata-se de pessoas que, mais uma vez em linguagem normal e não psiquiátrica, trata-se de pessoas de difícil trato e em relação às quais é muito difícil tamponar os comportamentos. Não há um diagnóstico psiquiátrico em termos clínicos, mas há de facto uma disfunção de personalidade que determina comportamentos não adaptativos”, explica Ana Matos Pires, médica psiquiatra e docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve.

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