A actual sociedade, hiper-mediatizada, está sobrepovoada de imagens que já não são imagens de nada senão de si mesmas, que deixaram de ser uma representação da realidade para se substituírem à realidade — uma versão espectral, contida, empobrecida de realidade. Como se os nossos olhos não aguentassem o brilho das coisas dadas na sua mais crua realidade, sem mediação. Paradoxalmente, demasiada imagem pode significar nenhuma imagem.