Pela primeira vez em Portugal um conjunto de hedge funds - informalmente designados como “fundos abutres” - executou parte da dívida detida em duas empresas, assumindo uma dessas empresas como penhor. O valor total da dívida ronda os 1,6 mil milhões de euros. As devedoras eram as concessionárias de autoestradas Brisal e Douro Litoral e o incumpridor era o grupo concessionário Brisa. A execução foi feita à Douro Litoral. Os fundos apropriaram-se desta concessionária e nomearam novos administradores, afastando o Grupo José de Mello da sua gestão. Além da situação ser incomum, nenhum responsável do concedente Estado, da tulela governamental, dos organismos reguladores e da própria Brisa fez comentários. Tudo se passou no maior silêncio.