O estudo foi elaborado pela Informa D&B para a Associação Portuguesa das Agências de Comunicação (APECOM), que engloba dados de 126 empresas cuja atividade está diretamente relacionada com a comunicação, relações-públicas e 'public affairs' em Portugal.
Destas empresas, “20 ainda não apresentaram os seus resultados de 2023 tendo, por esse motivo, sido consideradas nos dados globais as últimas contas divulgadas (2022)”, salienta o estudo.
“Porém, para efeitos de comparação dos mesmos a nível de variações, foi usada a mesma realidade da amostra, ou seja, 106 empresas”, pelo que, “no que respeita a volume de negócios, considerando a amostra comparável, o setor registou um crescimento ligeiramente superior, na ordem dos 8,6%”.
Segundo o estudo, as exportações terão registado um aumento de “3,2% para 19,2 milhões de euros (15% do volume de negócios total), num total de 71 empresas exportadoras”.
Em termos de lucros, “as 126 empresas deverão ter registado um total de 10 milhões, um crescimento de 5,3% quando comparado com 2022”.
Analisando “apenas das empresas que apresentaram resultados nos dois anos, o crescimento dos lucros situou-se também acima, na ordem dos 8,8%”, refere o estudo.
A maioria das empresas do setor APECOM estão concentradas em Lisboa (94), seguida do Porto (18), Setúbal (4), Coimbra (2), Leiria (2), enquanto Aveiro, Bragança, Évora e Faro têm uma cada.
“Temos muito para crescer, seja no setor público ou privado. Se este estudo de facto reflete o que se passa neste setor neste país, não vejo razão para estarmos contentes. Temos de crescer, gerir melhor, valorizar a nossa atividade“, disse Vítor Cunha, CEO da JLM&A, no evento anual organizado pela Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM).
Também o CEO da H/Advisors CV&A, António Cunha Vaz, afirmou falou sobre a necessidade de melhores salários e valorização dos serviços.
“A nossa postura é cada vez mais de transparência e, sendo um setor estratégico e tão importante para a gestão das empresas e consequentemente, para a economia e para a sociedade, queremos que a transparência comece ‘em casa’”, conclui Domingas Carvalhosa.