A Mota-Engil valorizou 5,27% em bolsa na sessão desta terça-feira e foi o grande destaque do índice de Lisboa, que deu um salto de 0,45%. Entre os índices europeus, porém, o sentimento foi misto, no mesmo dia em que se conheceram dados sobre a desaceleração da inflação.
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No que diz respeito aos maiores ganhos, à parte da Mota-Engil, destacou-se a NOS, ao adiantar-se 2,15%, ao passo que a Galp ganhou 1,53%, a beneficiar de nova subida dos preços do petróleo. Seguiu-se o BCP, a subir 0,83%, em conformidade com o sector da banca europeia, que se apresentou em bom plano.
Em sentido contrário, a Altri foi protagonista da maior queda, na ordem de 2,25%, para 4,262 euros, ao passo que a Sonae tombou 1,00%, até aos 0,9385 euros.
Entre os principais índices europeus, reinou o clima de incerteza entre os investidores, na medida em que se observaram variações leves. As primeiras horas da sessão foram pautadas por negociações no 'verde', em reflexo dos dados do Eurostat que indicam a desaceleração da inflação na zona euro para 5,2%, em agosto.
Porém, a contrariar os números positivos, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atualizou a projeção de crescimento económico da zona euro neste ano para 0,6%, o que corresponde a uma redução de 0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao projetado em junho. Para o próximo ano, o organismo aponta a um crescimento de 1,1%, menos 0,4 p.p. do que na projeção anterior.
Depois de as primeiras horas do dia terem visto os mais importantes índices europeus a negociar em terreno positivo, os sinais negativos que chegaram da bolsa de Wall Street empurraram as negociações na Europa para terreno misto, no primeiro dia de reunião da Reserva Federal (Fed), que esta quarta-feira vai comunicar novidades sobre as taxas de juro.
Os maiores ganhos surgiram em Itália, com o índice a subir 0,60% e Espanha, nos 0,40%. Seguiram-se França e o Reino Unido, que avançaram 0,08% e 0,04%. Em terreno negativo terminaram o índice alemão, ao resvalar 0,40%, assim como o índice agregado Euro Stoxx 50, que caiu 0,08%.
Nas commodities, o custo do petróleo continua a subir, de tal forma que o barril de brent já ultrapassava os 95 dólares no encerramento da sessão e está cada vez mais perto da marca dos 100 dólares.
A expetativa para esta quarta-feira é significativa, já que a Fed vai dar a conhecer a evolução da sua política monetária nos EUA para outubro, a partir das 19 horas de Lisboa.