A MOP - Multimedia Outdoors Portugal, que está no mercado de publicidade exterior e entrou este ano em Lisboa, onde opera 40% do mobiliário urbano, está neste momento a modernizar os painéis de anúncios da Fertagus e Metro Sul do Tejo. O investimento ronda os 1,5 milhões de euros, do pacote de 25 milhões para a capital, avançou ao Jornal Económico (JE) o CEO.
Vasco Perestrelo estima que a partir 2026 a percentagem de mupis digitais aumente dos atuais 20% para cerca de 30-40%, porque o sector “está a crescer bastante”. “Acho que há capacidade podermos investir ainda mais. Assim que quando acabarmos este ciclo de investimento, provavelmente, voltaremos a iniciar um outra vez”, diz.
A empresa, detida pela Explorer Investments, partilha a exploração do mercado OOH - Out of Home em Lisboa com a JC Decaux, que detém a maioria (60%) da concessão do concurso público que começou em 2017 e só foi concluído no ano passado. O CEO da MOP antecipa que, até ao final do ano, 50% do equipamento esteja instalado e no início do próximo a segunda metade.
Só não será mais rápido porque “o dinheiro não é elástico” e “instalar quase 2.000 equipamentos pela cidade tem implicações do ponto de vista urbanístico muito complexas (empreitadas, eletricidade…), o que se torna lento”, explicou Vasco Perestrelo ao JE.
Ainda assim, considera que a indústria da publicidade outdoor “está de muito boa saúde”. “É um meio de grande alcance e não está a sofrer da crise da audiência que veio com o digital causada pelos telemóveis. A fragmentação do tempo que as pessoas dedicavam aos meios tradicionais ficou muito posta em causa, mas como as pessoas continuam a andar na rua o outdoor não teve esse problema”, afirma, reconhecendo que os anos da pandemia foram complicados para este negócio.
Segundo Vasco Perestrelo, os ecrãs digitais acabam por compensar, porque apesar de serem “muito mais caros por serem inteligentes”, é sempre possível a empresa escolher digitalizar uma concessão inteira ou só parte de todas as que tem, além de que as despesas de gestão e afixação são menores, dado que o controlo é 100% remoto. “O papel, além dos custos dos equipamentos, tem muitos custos de montagem, principalmente com campanhas semanais, que requerem pessoas pelo país inteiro a pôr e tirar os cartazes”, lembra.