Emanuel Proença ocupa o cargo da Savannah Resources há seis meses. Da portuguesa Prio passou para uma companhia cotada na bolsa de Londres e que conta com 4.000 acionistas de todos os pontos do globo. O projeto da mina de lítio de Boticas ganhou finalmente uma cara portuguesa depois de ter sido liderada por gestores estrangeiros. Em novembro, explodiu o caso Influencer. Desde então, o gestor desdobrou-se em encontros com analistas, investidores e stakeholders para garantir a tranquilidade e manter o projeto em curso. A empresa e os seus responsáveis não foram constituídos arguidos e uma auditoria legal afastou irregularidades no processo. Na sua primeira grande entrevista desde que assumiu o cargo, o gestor faz um ponto de situação do projeto para os leitores do Jornal Económico.
“Mina de lítio de Boticas vai pagar mil milhões de euros em impostos”
Emanuel Proença, CEO da Savannah: A mina de lítio de Boticas continua a procurar parceiros e admite a “possibilidade” de vir a ter portugueses a bordo. Uma das mais-valias do projeto são os impostos que vai pagar para os cofres locais e do Estado. Num ano de menor produção, o pagamento à autarquia irá atingir mais de 10 milhões, o valor a rondar o orçamento camarário.
