O irrequieto pintor e ceramista Manuel Cargaleiro não escolheu o local de nascimento, mas decidiu honrar as suas origens beirãs escolhendo Castelo Branco para acolher a sua imensa coleção de arte, um tesouro que abarca mais de 300 artistas, entre portugueses e estrangeiros. Picasso é um deles e as três peças em exposição suscitaram o espanto de um casal de visitantes estrangeiros, que não esperavam ver obras de Pablo no interior do nosso país. O sol, resplandecente, ficou lá fora. No átrio do edifício novo, que o histórico fica do outro lado da pequena ágora que os liga, está uma porta que Manuel Cargaleiro encontrou durante as obras do museu. Chamou-lhe A porta da vizinha que eu nunca conheci e é um convite para entrarmos nos seus muitos universos, marcados pela sua relação visceral com a cerâmica.
Mestre da cor, ceramista irrequieto, pintor de cidades imaginárias
Arte : Manuel Cargaleiro morreu há sensivelmente um ano, mas sua inesgotável vontade criativa, intensa nas cores, na partilha e na alegria, mostra-se no museu que leva o seu nome, em pleno coração de Castelo Branco. Uma viagem sensorial pela obra de um grande Mestre e pelas surpresas que guarda na sua coleção particular.
