O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu na zona euro e na União Europeia (UE) no segundo trimestre, em 0,6% e 0,5%, respetivamente, de acordo com os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, mas as subidas foram tão ligeiras que não surpreenderam os investidores na Europa, de tal forma que os mercados do Velho Continente encerraram com um sentimento misto.
A incerteza teve também a contribuição dos dados que chegaram da economia chinesa, onde o Banco Central cortou nas taxas de juro a médio-prazo em 15 pontos percentuais (p.p.), como forma de procurar incentivar à circulação de moeda, na sequência de serem divulgados dados desanimadores no que diz respeito à economia daquele país.
Também no meio da semana, intensificaram-se as dúvidas no que diz respeito à situação do mercado imobiliário chinês. A Zhongzhi, conglomerado de investimento sediado em Pequim, falhou pagamentos a investidores e, deste modo, juntou-se à Country Garden, que na semana passada faltou ao pagamento de dois cupões denominados em dólares.
Por cá, o índice da bolsa de Lisboa avançou 0,21%, com destaque para os ganhos da Semapa, na ordem de 1,24%, Ibersol, que subiu 0,90%, e EDP, após valorizar 0,68%. No sentido oposto, a Corticeira Amorim resvalou 1,09% e os CTT tombaram 0,73%.
Entre as mais importantes congéneres europeias, as únicas subidas foram observadas na Alemanha, onde o índice ganhou 0,14%, e em Espanha, ao resvalar 9.350,50 pontos. O recuo mais acentuado ocorreu em Itália, com uma perda de 0,90%, sendo que o Reino Unido contraiu 0,46%. Seguiu-se França e o índice agregado Euro Stoxx 50, com recuos de 0,10% e 0,09%, respetivamente.
A dar força às dúvidas dos investidores estiveram ainda os dados revelados esta quarta-feira, também por intermédio do Eurostat, relativos à indústria. Naquele sector, a produção caiu 1,2%, tanto na zona euro como na UE, no mês de junho.