Semana marcada pela subida das taxas de juro de longo prazo, sobretudo dos rendimentos do tesouro norte-americano, confirmando novos mínimos do ano dos preços das obrigações. A rentabilidade da dívida soberana a 10 anos subiu desde meados de julho dos 3,74% até aos 4,36% alcançados a meio da semana, o valor mais elevado desde outubro de 2007, superando os 4,23% registados em outubro do ano passado. Esta subida dos juros tem penalizado os mercados acionistas desde o início de agosto. Juros mais elevados diminuem o prémio de risco das ações, retirando atratividade ao mercado acionista. Assim, perante rendimentos do tesouro mais altos, para manter o mesmo prémio de risco das ações, por exemplo de 2%, o retorno (dividendos e “share buybacks”), como percentagem da cotação de uma ação, terá que ser mais elevado, neste caso de 6,36%. E se os lucros não aumentarem, então as cotações das ações têm margem para cair. No entanto, esta semana os mercados acionistas respiraram algum alívio depois dos fracos dados dos PMI (índices dos gestores de compras que avaliam a confiança empresarial nos sectores dos serviços e na indústria).