Se a opção do Governo liderado por José Sócrates tivesse sido prosseguida, com o acordo político assumido em 2010, o Panamá já não seria uma paraíso fiscal na legislação portuguesa quando rebentou o escândalo do “Panama Papers”. Em 2016 foi revelado um esquema de corrupção e fuga fiscal que envolve dezenas de milhares de empresas criadas no Panamá pela firma Mossack Fonseca, tendo como beneficiários clientes em todo o mundo, incluindo Portugal. Entre esses clientes estão chefes de Estado, banqueiros, criminosos, celebridades internacionais e empresas portuguesas como do GES que, segundo o jornal Expresso, escondeu, durante 21 anos, um saco azul para pagamentos extra não documentados.