O Executivo de José Sócrates fez um acordo político, a 8 de julho de 2010, com o Governo do Panamá para excluir este território da lista negra de offshores. O compromisso foi assinado na cidade do Panamá por um técnico da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por instruções do então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF), Sérgio Vasques, cerca de um mês e meio antes da assinatura de uma convenção para evitar a dupla tributação (CDT) que entrou em vigor dois anos depois. Nas reuniões de preparação da CDT, o Executivo português assegurou que a exclusão do Panamá daquela lista negra ocorreria na data de entrada em vigor da Convenção, o que ocorreu a 10 de junho de 2012, já com o governo de Passos Coelho. Mas a exclusão acordada acabou por não se verificar, revelou ao Jornal Económico fonte conhecedora do processo.