Em Portugal, mais de metade dos presos não estão abrangidos pelo protocolo de Cooperação entre a Direção-Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) e as instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS), assinado em julho de 2017, tendo em vista o tratamento das hepatites virais na população reclusa. O Jornal Económico apurou que em apenas 20 dos 49 estabelecimentos prisionais existentes em Portugal os médicos das unidades hospitalares efetuam visitas regulares com o objetivo de diagnosticar e tratar os casos de infeção por vírus da hepatite C. Este vírus é o mais problemático, já que, se não tratado, apresenta uma evolução que, em cerca de 20% dos casos, evolui para cirrose e carcinoma hepatocelular.