É difícil encontrar um político com tantos cargos: é presidente do Estado da Palestina, é presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, é presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), e presidente da Fatah. Desgraçadamente, a força política de Mahmoud Abbas é inversamente proporcional ao número de cargos que ocupa. E, tal como sucede com Benjamin Netanyahu, parece ser cada vez parte do problema e cada vez menos parte da solução. Tal como sucederá com grande grau de probabilidade com o atual primeiro-ministro de Israel, também Mahmoud Abbas tem poucas probabilidades de fazer parte das contas que a comunidade internacional vai fazendo para quando a guerra acabar – mesmo que não seja certo que esta guerra, que começou no dia 14 de maio de 1948, e ao contrário de todas as outras, venha um dia a acabar.