Não foi um golpe de Estado, mas foi um golpe de teatro: contra todas as expectativas – alimentadas por sondagens que mais uma vez falharam clamorosamente a sua função – o candidato do Partido dos Trabalhadores brasileiro, Inácio Lula da Silva, não só não venceu as eleições presidenciais à primeira volta, como, mais importante ainda, a sua vantagem em relação à recandidatura do presidente Jair Bolsonaro reduziu-se a uns magros cinco pontos percentuais ou pouco mais.