O resultado líquido da promotora de imóveis e parques logísticos VGP, que gere infraestruturas em Portugal desde 2019, caiu 77% para 34,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, o que contrasta com os lucros de 153,1 milhões de euros registados nos primeiros seis meses do ano passado.
A empresa com sede na cidade de Antuérpia, na Bélgica, reconhece que este foi um período “agitado”, marcado por subidas nos valores da construção, mas antevê melhorias daqui para a frente, até porque têm diversos projetos em mãos, nomeadamente a construção do Park Loures, com sete mil m2 de área locável, cujos futuros inquilinos são as gigantes da logística DPD e DHL.
A VGP teve lucros por ação de 1,27 euros – também abaixo dos cerca de sete euros em 2022 – e um lucro antes de impostos (EBITDA) de 48,6 milhões de euros. Por outro lado, as receitas líquidas de rendas e as energias renováveis aumentaram 60% para 75,62 milhões de euros, em termos homólogos.
Observando os números mais relacionados com o imobiliário, verificou-se que os contratos de arrendamento assinados e renovados durante o primeiro semestre deste ano foram de 36,2 milhões de euros em contratos de arrendamento assinados e renovados, elevando o total de receitas de rendas anualizadas para 328,1 milhões de euros (+8,2%).
Mais: 236 mil m2 de projetos iniciados, sendo que estão pré-arrendados a 81,5%, representando 17 milhões de euros de renda anual adicional quando estiverem totalmente construídos e arrendados. De janeiro a junho, a VGP procedeu à entrega de 13 projetos de 317 mil m2 (97,2% comercializados 18,7 milhões de euros de receitas de rendas quando estiverem totalmente comercializados).
“O primeiro semestre do ano foi agitado e produtivo, marcado por um considerável crescimento anual de 36,2 milhões de euros em rendas comprometidas. Estamos satisfeitos por termos acolhido numerosos novos inquilinos na nossa carteira, ao mesmo tempo que executámos com êxito várias transações com os nossos atuais parceiros de joint venture. Além disso, estamos a assistir a uma descida dos preços de construção, o que nos permite iniciar novas construções com margens favoráveis”, afirma o CEO da VGP, Jan Van Geet.
A empresa fundada em 1998 – à época um family office imobiliário belga na República Checa – esclarece ainda se contabilizou um reembolso de 150 milhões de euros de obrigações em abril e os reembolsos adicionais de obrigações no valor de 225 milhões de euros, em setembro, serão cobertos por uma nova reciclagem de fundos da joint venture.
“Até ao final do terceiro trimestre, será concretizada uma primeira operação de fecho de contas que incluirá mais de 700 milhões de euros de valor bruto dos ativos e, até ao terceiro trimestre de 2004, toda a carteira, num total de mais de 1,1 mil milhões de euros, será transferida para a joint venture, permitindo à VGP reciclar mais de 700 milhões de euros de tesouraria”, acrescentou o CEO.
No relatório financeiro divulgado esta sexta-feira destaca-se ainda a reciclagem líquida de caixa de 267,9 milhões de euros devido a dois encerramentos com as joint ventures da Allianz e reciclagem adicional de mais 450 milhões esperada após o fecho da carteira com o novo acordo com a Deka neste terceiro trimestre.