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Lisboa recebe primeiro Web Summit da era pós-Paddy

Altice Arena e FIL voltam a receber mais uma edição da cimeira tecnológica, desta vez sem vários nomes sonantes de empresas e até sem os efusivos apertos de mão de Marcelo de Rebelo de Sousa, embora o Presidente garanta que irá marcar presença "em momentos surpresa".

É sem o empreendedor irlandês Paddy Cosgrave, sem uma panóplia de tecnológicas de renome e sem os efusivos apertos de mão de Marcelo de Rebelo de Sousa que Lisboa recebe mais uma edição da Web Summit a partir desta segunda-feira. Ainda assim, nos próximos três dias, o Parque das Nações deverá receber perto de 70 mil pessoas.

A cimeira terá menos nomes sonantes nos painéis, depois de uma debandada de empresas e até de membros do Governo, mas espera-se um recorde no que aos empreendedores diz respeito, um dos principais focos deste evento. No total há 2.600 startups registadas, o que representa um acréscimo de cerca de 300 startups em relação ao máximo histórico de novembro do ano passado.

À capital portuguesa prevê-se que cheguem mais de 800 investidores e aproximadamente dois mil jornalistas confirmados ou representantes dos media, que se concentrarão no tradicional recinto entre a Altice Arena e FIL – Feira Internacional de Lisboa, num espaço de cerca de 215 mil m2, mais 11 mil m2 do que na edição anterior.

As maiores ausências no âmbito da polémica com os tweets de Paddy Cosgrave sobre a guerra no Médio Oriente são multinacionais como Google, Amazon, Siemens, Meta (Facebook), SAP, Salesforce ou IBM. Numa mensagem recente enviada à imprensa, Katherine Maher reiterou a ideia de que “vários parceiros que cancelaram ou estavam a considerar a participação confirmaram sua presença”, mas remeteu mais detalhes para a véspera da Web Summit.

“Além dos parceiros que na semana passada [há duas semanas] confirmaram a sua presença, incluindo a Comissão Europeia, serão recebidas delegações governamentais de mais de 50 países, incluindo Alemanha, Brasil, Japão, Espanha, Canadá, Reino Unido, França, Ucrânia e Itália”, lê-se ainda. Há ainda stands para países/estados como Cabo Verde ou Dubai.

O plano oficial da sessão de abertura só foi conhecido este fim de semana e envolve um grupo de seis oradores, entre os quais a nova CEO da Web Summit, Katherine Maher, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e outras personalidades mais ligadas ao ecossistema empreendedor, como Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, Vasco Pedro, CEO da Unbabel e Cristina Fonseca, managing partner da Indico Capital Partners.

O Presidente da República, presença “sagrada” no palco da Altice Arena, estará em visita oficial à Guiné-Bissau para participar nas comemorações do 50° aniversário da independência do país nos dois últimos dias da Web Summit, 15 e 16 de novembro. Em causa está um convite do homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, cuja deslocação foi aprovada pela Assembleia da República no final do mês passado. No entanto, garantiu marcar presença "em momentos surpresa".

Quanto aos membros do Executivo, apesar da crise política, optaram por garantir a agenda tal como prevista: com as intervenções de Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, ou Bernardo Ivo Cruz, secretário de Estado da Internacionalização.

O formato para networking após as sessões mantém-se no mesmo registo - Night Summit – e a primeira noite será no famoso Hub Criativo do Beato, na zona de Marvila. Amanhã é na Praça do Comércio e quarta-feira no Pavilhão Carlos Lopes.

https://twitter.com/WebSummit/status/1723682087595659507