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Lisboa acompanha ganhos europeus e inflação nos EUA marca sentimento

As bolsas europeias registaram ganhos na sessão de quarta-feira, com o PSI a acompanhar, impulsionado por cotadas de diversos sectores. Os mercados estarão atentos aos dados da inflação nos EUA, que vão ser conhecidos daqui a algumas horas.

A bolsa de Lisboa registou ganhos na sessão desta quarta-feira, tendo acompanhado o sentimento positivo que se viveu entre as principais praças europeias. Na origem estão os sinais de que uma descida dos juros de referência pode estar para breve, na véspera de ser conhecida a inflação da economia dos EUA em junho.

O índice PSI subiu 1,37% e alcançou os 6.742 pontos, impulsionado por cotadas de variados sectores. As ações da EDP Renováveis lideraram a sessão, ao valorizarem 3,23%, até aos 13,73 euros. Seguiu-se a Jerónimo Martins, ao adiantar-se 2,71%, para os 19,30 euros, na sequência de o UBS rever em alta o preço alvo dos títulos da retalhista, até aos 23 euros.

Seguiu-se a Mota-Engil, ao subir 2,62%, tendo alcançado os 3,526 euros, ao passo que a Corticeira Amorim avançou 2,32%, para 9,71 euros, enquanto o BCP escalou 2,20%, até aos 0,3771 euros.

Em sentido contrário, a Galp caiu 0,96% nas negociações, até aos 19,68 euros por título.

A sensação de otimismo estendeu-se às mais importantes congéneres europeias, que beneficiaram da ideia de que os dados da inflação referentes a junho na economia norte-americana, que vão ser conhecidos na quinta-feira, vão trazer uma nova desaceleração dos preços. De recordar que este é um dos principais fatores de análise da Fed na hora de decidir sobre as taxas de juro de referência.

Esta quarta-feira, foi o segundo dia seguido do presidente da Fed, Jerome Powell, discursar no Congresso. O próprio assinalou a possibilidade de um eventual corte nas taxas de juro surgir ainda antes de a inflação abrandar para o objetivo de médio-prazo, situado nos 2%. De referir que, em maio, o Índice de Preços no Consumidor subiu 3,3%, sendo que os analistas apontam agora para os 3,1% no que diz respeito a junho.

Refira-se que a próxima reunião daquela instituição está agendada para o dia 31 de julho, numa altura em que o BCE efetuou, no dia 6 de junho, um primeiro corte, depois das subidas agressivas.

Neste contexto, o principal índice de Espanha (IBEX 35) avançou 1,59% e liderou as subidas. Seguiu-se Itália, ao ganhar 1,30%, enquanto o índice agregado Euro Stoxx 50 se adiantou 1,11%. Mais atrás, a Alemanha somou 0,99%, França deu um salto de 0,86% e o Reino Unido registou o avanço mais leve, de 0,67%.

Esta quinta-feira, em termos macro, o destaque recai naturalmente sobre os dados da inflação nos EUA em junho. Sobressai ainda o mesmo indicador na Alemanha, assim como o PIB do Reino Unido em maio, que vão pesar no sentimento dos investidores.