Por estes dias, num duplo referendo – que não por acaso foi realizado no Dia Mundial da Mulher – mais de 67% dos cidadãos rejeitaram a proposta que pretendia alargar o conceito de família para além da noção de casamento intersexual e mais de 73% votaram contra o texto que pretendia retirar da Constituição o papel prioritário das mães na garantia dos “deveres domésticos” no lar – presume-se que educar os filhos, passar a ferro, não deixar queimar o estrugido, manter o pó afastado dos bibelôs e cumprir com as determinações das sensualidades do homem da casa.