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José Pedro Pereira da Costa: o André Villas-Boas das finanças

Os portuenses são chamados este ano a votarem nas eleições antecipadas de março e nas europeias de junho – mas nada disso assume a importância dessas outras eleições: as da presidência do Futebol Clube do Porto – uma espécie de califado (mais ou menos) democrático que, como o otomano, tem guarda pretoriana, janíçaros e amizades eternas enquanto duram.

O jovem André Villas-Boas é o incumbente de serviço e não é coisa pouca: o Papa, como é comummente tratado o atual presidente e candidato a mais um mandato, Jorge Nuno Pinto da Costa, não costuma gostar de surpresas, nem de infidelidades, nem de perder, nem de que alguma coisa deixe de estar sob o seu restrito controlo. Talvez por isso, o lugar da oposição costuma ficar vazio, mas desta vez, segundo diz quem sabe, o incumbente tem razões suficientes para não ser um derrotado por antecipação. E se não for desta, há de ser da próxima.
Muito (mas mesmo muito) mais jovem que Pinto da Costa, André Villas-Boas introduziu no discurso de campanha o tema das finanças. Não é coisa que preocupe o comum dos mortais portistas – que estão habituados a não olhar a despesas se as vitórias aparecerem, nem são iniciados nas virtudes da literacia financeira. Mas exatamente por isso, é uma marca distintiva da proposta de André Villas-Boas.

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