O governo italiano divulgou esta semana o seu projeto de orçamento para 2025, centrado na redução de impostos para as famílias de baixos rendimentos e parcialmente financiado por uma contribuição extraordinária de bancos e companhias de seguros. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, destacou (nas redes sociais) que “3,5 mil milhões de euros de bancos e companhias de seguros serão atribuídos aos cuidados de saúde e às pessoas mais vulneráveis, de forma a garantir melhores serviços que satisfaçam da melhor forma possível as necessidades de todos”. São duas decisões fora da ‘cartilha’ da extrema-direita – o pendor social do executivo e a ‘cobiça’ perante os lucros excessivos – que parecem não ter sossegado a esquerda e não dão boas indicações à direita e aos investidores internacionais, que não costumam dar-se bem com alterações estruturais nas áreas que os afetam diretamente e preferem geografias onde os seus investimentos estejam a coberto da voracidade do fisco.