Quatro soldados israelitas ficaram feridos, um deles com gravidade, depois de ter ocorrido uma explosão numa altura em que soldados das forças de defesa (IDF) realizavam uma operação algumas centenas de metros dentro do território libanês, segundo informações do próprio exército, citadas pelos jornais do país. O Hezbollah assumiu a responsabilidade pela explosão na fronteira.
A causa da explosão que feriu os soldados na região oeste da fronteira com o Líbano está sob investigação dos militares, que disseram em comunicado que a explosão era de "origem desconhecida". Os militares disseram que o incidente ocorreu durante "atividade operacional" realizada por tropas da unidade de reconhecimento da Brigada Golani e da unidade de engenharia de combate de elite Yahalom, no lado libanês da fronteira, a várias centenas de metros da cerca com Israel.
Ao reivindicar a explosão, o Hezbollah disse que colocou vários artefactos explosivos adjacentes à fronteira, dentro do território libanês, numa área em frente à comunidade de Adamit, no norte de Israel.
As IDF adiantaram ainda que aviões de guerra atingiram locais do Hezbollah no sul do Líbano. Os alvos incluíam postos de lançamento de foguetes, edifícios usados pelo grupo e outras infraestruturas em Seddiqine, Matmoura, Labbouneh e Ayta ash-Shab, de acordo com os militares. Também foram bombardeadas áreas perto de Ayta ash-Shab para "remover ameaças", acrescentou o exército.
Israel ameaçou entrar em guerra para forçar o Hezbollah a sair das imediações da fronteira comum se não recuar e continua a ameaçar as comunidades do norte, de onde cerca de 70 mil israelitas foram evacuadas para evitar os combates.
Até agora, as escaramuças na fronteira resultaram em oito mortes de civis do lado israelita, além da morte de dez soldados das IDF. Também houve vários ataques da Síria, sem feridos. O Hezbollah identificou 274 membros mortos por Israel durante as escaramuças em curso, a maioria no Líbano, mas alguns também na Síria. No Líbano, outros 53 agentes de outros grupos, um soldado libanês e pelo menos 60 civis foram mortos.
Entretanto, na faixa de Gaza, a ajuda humanitária que ali chega aumentou muito nos últimos dias, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, acrescentando essa ajuda tem de continuar a aumentar. “A ajuda aumentou dramaticamente nos últimos dias", disse Kirby em entrevista à MSNBC. "É importante, mas tem de ser sustentado." Mais de dois mil camiões conseguiram entrar em Gaza nos últimos dias, cerca de 100 apenas nas últimas 24 horas, disse Kirby esta segunda-feira.
Recorde-se que, no início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou condicionar o apoio à guerra de Israel contra o Hamas em Gaza à adoção de medidas concretas para proteger trabalhadores humanitários e civis. Para Kirby, “a nossa política em relação a Gaza mudará se não virmos mudanças significativas ao longo do tempo".
"Mesmo sob ataque do Irão, não perdemos de vista a missão crítica em Gaza para resgatar os nossos reféns das mãos do Hamas", disse o porta-voz das IDF, o contra-almirante Daniel Hagari, citado pelos jornais israelitas. As forças de defesa disseram que convocaram "duas brigadas de reserva para atividades operacionais" em Gaza, cerca de uma semana depois de retirar a maioria das tropas do território.
Também esta segunda-feira, o porta-voz militar das IDF, Avichay Adraee, renovou os alertas para que os palestinianos permaneçam no sul de Gaza, enquanto Israel realiza ataques aéreos e operações direcionadas no norte da Faixa contra a reorganização das forças do Hamas.