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Íngrid Betancourt de regresso ao lugar onde nunca conseguiu ser feliz

Privava com Neruda, com Garcia Marques (que assistiu ao Bogotazo de 1948) e com um país que a sequestrou. Está de regresso, ou quer estar, arriscando encontrar o país de sempre.

Empresários do sector do narcotráfico com exércitos armados até aos dentes, milícias paramilitares que perseguem interesses obscuros, guerrilhas marxistas cuja associados deverão achar que Marx é uma marca de detergentes e cerca de 50 milhões de colombianos que tentam sobreviver no topo da América do Sul. Por uma razão com certeza irracional – o que é racional é os colombianos quererem pôr-se a andar dali para fora – Íngrid Betancourt quer ser presidente daquele país. Para ela, a Colômbia pode transformar-se num número: 2.323, o número de dias que passou em cativeiro, mas pode transformar-se em muitas outras coisas, entre elas avultando um enredo para uma série de ficção dos canais de streaming, um script para Hollywood ou uma peça não-ficcional sobre acidentes políticos fatais.

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