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Inflação volta a desacelerar até 5,3% na zona euro e 6,1% na UE em julho

A subida homóloga dos preços no consumidor mantém-se bem acima do limite máximo de 2%, definido pelos bancos centrais. Em Portugal, a variação foi de 4,3%.

A taxa de inflação voltou a desacelerar em julho, para uma subida de 5,3% em julho (5,5% no mês anterior), face ao observado um ano antes. No caso da União Europeia (UE), deu-se uma subida de 6,1% (6,4% em junho).  No caso da economia portuguesa, a desaceleração registada em julho foi mais acentuada do que na zona da moeda única e no bloco europeu.

De acordo com os dados do Eurostat relativos ao Índice de Preços no Consumidor (IPC), em Portugal a inflação foi de 4,3% no mês em análise, o que significa um abrandamento de 0,4 pontos percentuais (p.p.) face a junho, e coloca o país na oitava posição entre as economias em que a inflação é mais ligeira.

A subida dos preços continua a superar largamente o limite máximo saudável estabelecido nos 2% pelos bancos centrais, o que comprova uma tendência inflacionista substancialmente acentuada. De recordar que, há exatamente um ano, os dados referentes a julho de 2022 apontavam para subidas de 9,8% na zona euro e 9,8% na UE.

Os valores máximos a este respeito seriam atingidos mais adiante, no mês de outubro daquele ano, em 10,6% e 11,5%, respetivamente.

Com a desinflação a ficar patente nas estatísticas de nove Estados-membros, sete foram aqueles em que a inflação cresceu face a junho, ao passo que em um país não houve alterações.

Os preços praticados nos serviços tiveram um contributo particularmente acentuado no índice total, em 2,47 p.p., no mês de julho. Mais abaixo, registaram-se contributos positivos das categorias de produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco (2,20 p.p.) e de bens industriais à exceção da energia (1,26 p.p.), ao contrário do que ocorreu nos produtos económicos, cujos custos geraram um contributo negativo (-0,62 p.p.).

O Banco Central Europeu (BCE), à semelhança do Banco de Inglaterra (BoE) e da Reserva Federal (Fed), continuam a adotar políticas económicas rígidas, através de sucessivas subidas das taxas de juro diretoras, que visam uma acentuada redução ao nível da procura, nas economias.