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INA faz parceria com Nova SBE e Porto Business School para capacitar líderes da administração pública

LEAP: Programa foi construído em conjunto, tem coordenação académica e corpo docente tripartido e conta com casos práticos de organismos do Estado, como a Autoridade Tributária. Não é obrigatório, mas a procura excede as expetativas.

Aelevada procura é um indicador do sucesso que está a ter. O programa LEAP: Liderança Executiva na Administração Pública, cujas candidaturas encerram esta sexta-feira, 16 de maio, ameaça esgotar esta segunda edição. Luísa Neto, presidente do INA e uma das coordenadoras académicas, assinala que isto é tanto mais surpreendente quanto este programa não tem o carácter obrigatório da maior parte das formações para trabalhadores do Estado que a instituição promove.

A presidente do INA, instituto público que tem a missão de formar para o universo do Estado, não vê défice de líderes com qualidade na administração pública, mas considera que a capacitação é “uma tarefa sempre permanente”, justamente, “para evitar que haja uma deficiente adaptação aos tempos”, que na atualidade são particularmente exigentes. “Tem de haver atenção permanente para a capacitação das pessoas, das equipas, das instituições e a melhor forma de chegarmos às equipas e às instituições é através da capacitação dos seus líderes”, afirma Luísa Neto ao Jornal Económico (JE).

O LEAP: Liderança Executiva na Administração Pública é promovido pelo INA, em parceria com duas das mais prestigiadas escolas de negócios portuguesas: NOVA SBE e Porto Business School, tendo coordenação académica tripartida e corpo docente das três instituições.

“O programa, com os vários módulos, foi construído em conjunto pelas três entidades e o corpo docente também foi indicado pelas três entidades”, salienta Neto, que observa isto como mais-avalias, a que soma outra, não menos importante: a existência de casos práticos reais de instituições públicas.

“Este programa tem a grande vantagem de ser pensado a partir da administração pública e para a administração pública. Os chamados case studies são casos da administração pública e esta é, de facto, uma das grandes mais valias do programa”, salienta. Na primeira edição foi pedido o contributo à Autoridade Tributária e à Agência para o Desenvolvimento e Coesão. Nesta segunda edição, a AT, sector com mais trabalhadores em funções públicas, é de novo chamada à linha de partida, bem como o IEFP.

O curso de Liderança Executiva para Administração Pública destina-se a dirigentes, mas admite também técnicos superiores que não têm ainda funções dirigentes e decorre em simultâneo em Lisboa e no Porto em formato blended learning. Nesta segunda edição verifica-se um aumento do número de vagas.

A primeira edição está a ser sujeita a uma avaliação de impacto, cujos resultados serão apresentados publicamente no segundo semestre do ano. “Interessa-nos saber até que ponto houve, de facto, uma transferência de conhecimento daquilo que as pessoas adquiriram em termos de formação para aquilo que é o desenvolvimento da sua atividade”, explica Luísa Neto ao JE.

Em fevereiro de 2025 haverá nova fornada de formandos. Veremos se fica por aí. Luísa Neto admite a hipótese de poder vir a fazer duas edições anuais, o que considerando que Lisboa e Porto formam em simultêneo, seriam, no fundo, quatro”. A confirmar-se, será mais um indicativo de sucesso.

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