Um empreendedor tem de ser alguém que demonstra capacidade de iniciativa e de correr riscos, resiliência e, também, uma aptidão para cativar os outros e fazê-los partilhar da sua paixão por um projeto capaz de criar valor. Só que, hoje em dia, não estamos só a falar de um indivíduo, mas de organizações. “Tradicionalmente, o mandato da equipa de gestão de uma grande empresa focava-se no desenvolvimento ou na proteção do seu modelo de negócio. Cada vez mais, esse foco tem de estar na capacidade de inovar, com a defesa do interesse dos acionistas, a passar por alimentar um pipeline de novas ideias de negócio que assegure a sustentabilidade futura”, diz ao Jornal Económico João Alves, country managing partner da EY Portugal. “O atual panorama de convergência entre setores, em que a utilização do digital disrompe modelos de negócio atuais e esbate as fronteiras tradicionais entre áreas de atividade, aumenta a pressão para que as empresas sejam elas próprias empreendedoras”, acrescenta.