Gilberto Rodrigues, ex-presidente da Mota-Engil África, aliou-se a um grupo chinês para negociar a compra da Elevo, uma sociedade que reúne diversas antigas construtoras portuguesas que não sobreviveram à crise , como a Edifer, Monte-Adriano, Hagen e Eusébios. Segundo apurou o Jornal Económico junto de diversas fontes ligadas ao processo, a negociação dura já há vários meses, encontrando-se numa fase bastante avançada, uma vez que já se está a proceder à respetiva due dilligence.
Mais que negociar com a administração da Elevo, presidida por Pedro Gonçalves e detida pela private equity Fundo Vallis Construction Sector, os representantes de Gilberto Rodrigues e do grupo chinês interessados na Elevo têm estado a acertar os detalhes do negócio com os responsáveis dos maiores bancos credores destas antigas construtoras. De acordo com as diversas fontes contactadas pelo Jornal Económico, em causa estão créditos malparados de várias centenas de milhões de euros, concedidos em grande maioria por três bancos: Caixa Geral de Depósitos, BCP – Banco Comercial Português e Novo Banco, resultante dos contratos ‘herdados’ do falido BES – Banco Espírito Santo.