O sector das redes de fornecimento de águas vai iniciar o ano de 2021 com a disputa da Aquapor. Neste negócio estão em confronto três empresas portuguesas (com interesses diferentes) e o gigante espanhol Aqualia, que já opera em Portugal em Abrantes, Elvas, Campo Maior, Fundão e Cartaxo e que em março de 2018 valia cerca de 2.100 milhões de euros. O controlo da Aquapor - que se intitula “líder de mercado nos sistemas municipais de abastecimento de água e de saneamento e na prestação de serviços de gestão de ETAR” -, está a ser disputado pela bracarense DST, que invocou direito de preferência na aquisição da totalidade da sociedade Criar Vantagens (CV), detentora de 100% da Aquapor. Para o efeito, a DST ultrapassou a espanhola Aqualia em anteriores negociações tendentes à compra da totalidade do capital da CV, com o mesmo objetivo de deter a Aquapor. O Jornal Económico sabe que a Aqualia considera a Aquapor fundamental para a sua estratégia em Portugal, razão pela qual não desistirá facilmente desta “corrida” que a opõe à DST.