Setembro é o mês do regresso às aulas para os alunos de todos os ciclos de estudos. Mas, pelo terceiro ano consecutivo, milhares de crianças (e pais e encarregados de educação) enfrentarão incertezas sobre a natureza e implicações desse regresso. Certeza segura é cada vez mais crianças não terem memória de uma outra vida escolar, feita de contactos sem freio, cavalitas, rasteiras e abraços, de cara à mostra.
Quando se tem seis ou oito anos, ao fim de tanto tempo de constrangimentos, já não se justifica falar de uma situação de transição, de crise e excepção, mas de uma normalidade que não recorda outra. Era importante não falsear o olhar da criança sobre o seu escasso passado sobrepondo-lhe o olhar adulto sobre o mesmo período de tempo. Por defeito, os rostos das pessoas nos seus desenhos na folha de papel cavalinho passaram a trazer máscara.